quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Com que roupa viajar para Nazca?

Uma chuva torrencial cai lá fora, próximo do aeroporto de São Paulo. Dentro de alguns dias estaremos embarcando para uma das regiões do mundo onde menos chove: Nazca. O deserto misterioso no Peru. Vou ficar sem ver chuva por alguns dias.

Estou já separando as coisas e colocando nas malas.

Falta pouco. Na medida do possível, os detalhes irão sendo postados aqui.

Ontem recebi um contato da Nazcanauta Ornize Rocha pedindo sugestão de roupas para usar na viagem.

Foi uma ótima pergunta que sempre devemos fazer antes de uma viagem. Como estou sempre entrando e saindo de aviões, em vários pontos do Brasil, sempre penso nisso.

Entretanto, neste caso, isso pode ser difícil, porque cada pessoa usa roupas diferentes e tem sensibilidades diferentes quanto a temperatura. Uma opção mais simples é eu passar os dados térmicos da viagem. Já respondi para o grupo (temos uma lista fechada, entre todos os viajantes), mas resolvi incluir no blog estas informações que podem ser muito úteis para quem não vai conosco.




É bom saber que a temperatura MÉDIA mensal em fevereiro, para a região para a qual vamos, varia (durante o dia) entre 15 à 30 graus. De madrugada pode cair para 10 graus em fevereiro. Então, pode ser difícil prever algo. Por isso uma jaqueta de frio boa e luvas são ótimas opções, mas você deve considerar sair sempre com uma camiseta por baixo, porque pode ficar quente, conforme o dia vai se aproximando das doze horas.

Somente a chuva é uma preocupação que não precisamos ter. Provavelmente, não veremos chuva alguma porque em Nazca há anos em que não cai uma gota...

Nazca é um dos desertos em que menos chove em todo o mundo.

Na verdade a chuva cai, em média 15 minutos por ano – cerca de 1 centímetro cúbico em 12 meses – o que torna as linhas praticamente indestrutíveis pelos milhares de anos em que existem.

De resto, creio que o mais importante é que todos nós estejamos vestidos com conforto. Sapatos baixos ou tênis, roupa larga e uma blusa quenteç.

Tenho certeza de que esta viagem será maravilhosa!


Aldo Novak

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Arqueólogos encontram pedras sagradas dos incas no Peru

Arqueólogos do Peru e do Reino Unido encontraram um conjunto de pedras incas que, segundo eles, podem revelar à humanidade o segredo do poderio da civilização que dominou parte da América do Sul entre os séculos 15 e 16.

Fazendo escavações no topo de uma montanha onde os incas realizavam rituais sagrados, os especialistas encontraram as três pedras ancestrais, objetos sagrados que, na crença inca, representavam a conexão entre o mundo dos ancestrais e o Sol.

Nenhum exemplar das pedras --descritas por cronistas espanhóis que chegaram à América no período das grandes navegações e vistas em desenhos feitos no período-- havia sido encontrado antes. Elas têm 35 centímetros de altura e formato cônico, pesam vários quilos e precisam ser carregadas com ambas as mãos.

A equipe de arqueólogos incluiu cientistas da Universidade Nacional de Huamanga, no Peru, do Museu Britânico e das Universidades de Reading e de Londres, no Reino Unido. "Acreditamos que essas pedras, e as plataformas onde foram encontradas, guardam o segredo do poderio inca"", disse o especialista do Museu Britânico Colin McEwan à BBC Brasil.

RELATOS HISTÓRICOS

Os cientistas trabalhava há duas semanas a altitudes de entre 3.600 metros e 5.000 metros quando as pedras foram localizadas. "Estou falando de arqueologia radical, era difícil trabalhar e até mesmo respirar lá em cima", disse McEwan.

Os incas acreditavam que seus ancestrais, os fundadores da civilização, haviam sido convertidos permanentemente em pedras. Após a chegada dos colonizadores espanhóis, cronistas descreveram, em seus relatos históricos, importantes eventos públicos na praça central da capital do Império Inca, Cuzco.

Nessas ocasiões, o rei inca ficava sentado em uma plataforma elevada, de onde observava as celebrações. Oferendas líquidas de chicha (uma bebida fermentada feita com milho) eram feitas por meio de uma abertura vertical feita na plataforma.

Quando o rei não estava presente, uma pedra sagrada era colocada no assento onde ele deveria estar sentado para representar o poder da dinastia inca.

DEUSES DA MONTANHA

"A capital inca, situada entre altitudes de 2.500 e 3.600 metros, era bastante alta", disse McEwan. "Mas a expansão do império inca implicou na conquista de altitudes ainda maiores, onde viviam as lhamas e alpacas, entre 3.600 metros e 5.000 metros".

Fonte de alimento e de lã para tecelagem, além de importante meio de transporte, grandes rebanhos de lhamas e alpacas eram vitais para a sobrevivência do império.

McEwan e a equipe de arqueólogos acreditam que isso explica a presença, nos cumes de várias montanhas, de cerca de 40 plataformas cerimoniais, símbolos do controle inca sobre esses territórios.

Com a ajuda do arqueólogo peruano Cirilo Vivanco Pomacanchari, da Universidade Nacional de Huamanga, que vem progressivamente localizando e mapeando as plataformas em locais remotos, a equipe chegou ao local onde as relíquias foram encontradas.

Segundo McEwan, eles não tinham qualquer ideia do que poderiam encontrar. "Esses locais eram tão sagrados que os incas não queriam deixar qualquer traço visível da presença humana neles", disse. "Ao escavar o chão da plataforma, encontramos amostras de solo trazidas de diferentes regiões, cuidadosamente dispostas."

Mais ao fundo, cerca de 2,5 metros abaixo da superfície, a equipe encontrou uma cavidade que havia sido escavada na rocha sólida. "Quando escavamos, descobrimos três dessas pedras, cuidadosamente colocadas com as pontas juntas, como um tripé, apontando para baixo, indicando a conexão com o mundo dos ancestrais".

BENEVOLÊNCIA?

Questionando teorias segundo as quais os incas seriam "socialistas", McEwan disse que seu império foi construído com astúcia e violência. "Quando negociavam com um líder local, os incas lhe ofereciam a opção de governar localmente, mas ele era obrigado a pagar impostos."

Se a oferta não era aceita, o poderio inca dizimava a população masculina e transferia os sobreviventes para outros locais, cortando seus vínculos com a terra e meios de subsistência.

As plataformas e as pedras ancestrais, parte do arsenal ideológico inca, eram um instrumento-chave de controle imperial.

"Sabíamos que os incas deveriam ter razões importantes para colocar essas plataformas nesses locais, próximos dos cumes sagrados e permitindo uma visão ampla de todo o horizonte à volta. Nós acreditamos que eles obrigavam a população local a trazer (as amostras de) solo e as colocavam nas plataformas como símbolos do domínio inca."

Os especialistas calculam que essas plataformas teriam sido construídas por volta de 1.400, durante a conquista daqueles territórios pelos incas, antes da chegada dos espanhóis.




quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Aniversário do blog de Nazca

Hoje este blog faz aniversário. No dia 28 de outubro de 2007, portanto três os atrás, nascia meu blog sobre as viagens para a região peruana de Nazca, contando os bastidores dessa viagem que é muito melhor do que parece.

As pessoas acham que visitar Nazca é somente um modo de sobrevoar as linhas misteriosas, mas é muito mais que isso.

Na verdade o blog surgiu exatamente de uma necessidade minha em tentar passar um pouco do que acontece na viagem para quem nem sabe direito o que é Nazca.

Comecei o blog, naquele dia, dizendo: Hoje começamos uma nova etapa. É que, a partir de agora, nasce o blog da viagem de Nazca, no Peru.


Interessante como o tempo voa, quando nos divertimos. Talvez por isso eu goste tanto de blogs e comunidades, como a da Academia Novak. Porque sempre há algo novo para ler ou escrever. Sempre há pessoas novas com as quais interagir e aprender.

Na época, em 2007, havia dois blogs separados, um para Machu Picchu e outro para Nazca. Mas a logística de manter dois blogs separados, para o mesmo assunto, acabou forçando a unificação. Assim, hoje temos um único o blog, chamado Jornadas Mágicas, que inclui as viagens para Nazca (no carvanal), Machu Picchu (em setembro), Lago Titicaca e Ilha de Páscoa (2012).


Então, se você quer conhecer melhor o blog que aniversaria hoje, basta visita-lo e ler as postagens.:


Na época do lançamento eu dizia:

A razão para lançarmos um blog da viagem, como este, como acontece com o blog da viagem para Machu Picchu, nasceu da pressão dos nossos amigos, familiares, leitores e, curiosamente, dos pedidos dos familiares dos viajantes que nos acompanharam, para "viajarem conosco".

As famílias dos viajantes gostam de acompanhar seus pais, filhos e amigos enquanto passeiam conosco por Nazca.

Assim, podemos contar os bastidores da viagem e os detalhes essenciais para qualquer pessoa que queira viajar para o Peru - seja para Nazca ou para Machu Picchu. Além disso, você verá fotos tiradas a cada dia da jornada, em primeira mão.

Como efeito colateral, acabamos descobrindo um canal bastante prático e direto de passar notícias e dicas sobre as precedem a viagem.

Então, “feliz aniversário”, meu querido blog e meus queridos leitores!



Aldo Novak

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Não é apenas em Nazca que existem as estranhas linhas pelo deserto.

Na Amazônia existe algo semelhante. Veja a notícia abaixo:

Parceria permite o lançamento de livro sobre geoglifos

Rachel Moreira
Publicação contou com parceria do Governo do Estado e alerta para a importância da preservação desses sítios históricos

Uma parceria do Governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Lazer (SETUL) e da Fundação Elias Mansour (FEM), com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), possibilitou a produção do livro Geoglifos - Paisagens da Amazônia Ocidental, cujo lançamento foi realizado na noite desta quinta-feira, 07, no Theatro Hélio Melo.

O livro traz uma série de imagens que revelam a beleza e os mistérios das gigantescas estruturas feitas no solo acreano há pelo menos mil anos e que receberam o nome de geoglifos. Organizadas por pesquisadores, entre eles Alceu Ranzi e Antônia Damasceno, as fotografias foram tiradas durante os muitos sobrevoos feitos aos quase 300 sítios arqueológicos já descobertos no Acre. São fotografias de Edison Caetano, Diego Gurgel, Sérgio Vale e Maurício de Paiva.

Segundo o geógrafo e paleontólogo, Alceu Ranzi, nos últimos cinco anos o conhecimento sobre os geoglifos se aprofundou graças ao entusiasmo da equipe de pesquisadores e ao apoio institucional e financeiro do CNPQ e do Governo do Acre.

"Na busca de estudar essas estruturas podemos dizer que, até o momento, temos mais perguntas do que respostas. No entorno dos geoglifos pessoas trabalharam, sonharam, oraram, amaram, constituíram suas famílias e enterraram seus mortos", supõe Ranzi.

O pesquisador acredita que uma das melhores formas de preservação das estruturas é sua valorização enquanto produto turístico acreano. "Um desafio a ser trabalhado pelo Poder Público será a gerência desse acervo patrimonial. Vários aspectos precisam ser avaliados e levados em conta, a exemplo do uso da terra onde ocorrem os geoflifos, para que os mesmos não sejam vistos como um impedimento ao desenvolvimento de atividades agrícolas e pecuárias, mas sim como oportunidade de geração de emprego e renda", defende.

A mesma ideia é compartilhada pelo Secretário de Turismo, Cassiano Marques, que acredita que com uma gestão compartilhada (governo, iniciativa privada e comunidade), planejada e orientada, é possível preservar esse importante patrimônio histórico e cultural, bem como, promover a geração de renda para a comunidade do entorno.

Geoglifos poderão ser observados de torre de 23 metros



Geoglifos são uma aposta de pesquisadores e gestores para turismo histórico no Acre (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Uma experiência única! Observar do alto a magnitude e a grandiosidade dos desenhos geométricos feitos no solo acreano, chamados de geoglifos, leva a imaginação a percorrer caminhos que datam de milênios.
Teriam as marcas sido desenhadas na terra por civilizações antepassadas ou por seres do espaço? Se foram homens, como foi possível esculpir figuras gigantescas e tão precisas num tempo onde não havia tecnologia suficiente para tal feito?

Essas questões povoam a mente até mesmo dos mais céticos dos homens, quando colocados frente a frente com um dos quase trezentos sítios arqueológicos espalhados pelo Estado do Acre.

Infelizmente, essa experiência singular até o momento só pode ser vivida por poucos. Turistas e pesquisadores que dispõem de recursos para alugar um avião no aeroporto de Rio Branco, capital do Estado, e sobrevoar os locais onde eles se encontram.

Entretanto, essa realidade será coisa do passado num futuro bem próximo. O governo do Estado, por meio da Secretaria de Turismo, Esporte e Lazer - Setul, deverá inaugurar até dezembro uma torre de observação com 23 metros de altura, o que possibilitará que os visitantes contemple pelo menos duas dessas figuras geométricas.

O projeto prevê ainda um espaço com museu, lanchonete e lojinha de artesanato, que serão administrados pelos moradores da comunidade das Quatro Bocas, estrada de Boca do Acre, onde esses sítios arqueológicos estão inseridos.

"Atualmente para observação dos geoglifos o turista tem que alugar um avião no aeroporto de Rio Branco. Suponhamos que ele alugue por uma hora. Para chegar até esta área dos geoglifos ele vai levar uns quinze minutos para ir e outros quinze para voltar. Só lhe restando aproximadamente 30 minutos para sobrevoar as figuras", explica o secretário de Turismo.

Com a construção da torre, cujo processo licitatório se encontra em fase de homologação pela Comissão Permanente de Licitação do Governo do Estado - CPL, os turistas, visitantes e pesquisadores gastarão bem menos para ter a mesma experiência. "As pessoas poderão vir de carro até a região, o que diminui consideravelmente o valor do passeio", afirma.

Segundo Cassiano Marques, além do observatório, cuja construção será bancada pelo governo, uma empresa aere - a Hortiz Táxi Aéreo - está em processo de legalização de uma pista de pouso de propriedade da mesma a menos de cinco minutos de carro da Fazenda Colorada, local onde se encontram os dois geoglifos a serem observados.

"Quem quiser ainda vai poder contratar um voo e gastar todo o tempo contratado observando as figuras. Além disso, a empresa vai disponibilizar voos mais curtos, algo entre quinze ou trinta minutos, que é bem mais barato do que o de uma hora, para quem quiser observar melhor os desenhos", conta.

Para conhecer melhor os geoglifos

Geoglifos são vestígios arqueológicos representados por desenhos geométricos (linhas, quadrados, círculos, octógonos, hexágonos, zoomorfos (animais) ou antropomorfos (formas humanas), de grandes dimensões e elaborados sobre o solo, que podem ser totalmente e melhor observados se vistos do alto.

Essas figuras podem ser encontradas em várias partes do mundo. Os Geoglífos mais conhecidos e estudados estão na América do Sul, principalmente na região andina do Chile, Peru e Bolívia. As linhas e geoglifos de Nazca, no Peru, são os exemplos mais conhecidos desses desenhos.

Há pouco mais de trinta anos que os geoglífos foram descobertos no Acre. As primeiras ocorrências foram percebidas datam de 1977, quando Ondemar Dias, do Instituto de Arqueologia Brasileira do Rio de Janeiro, esteve na região localizando e estudando sítios arqueológicos, como parte do inventário nacional que estava sendo realizado pelo Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas da Bacia Amazônia.

Mas foi em 2007, que a Setul propôs, pela primeira vez, transformar as figuras em produtos turísticos. "Propomos isso porque acreditamos que o turismo vai possibilitar a preservação dos mesmos, a exemplo do que aconteceu com as linhas de Nazca, no Peru. Nós temos no Acre figuras que foram cortadas por estradas, se transformaram em pastos, porque ninguém dava o mínimo valor para elas. Até mesmo por não saber que as figuras são patrimônio histórico e cultural não apenas nosso, mas da humanidade", defende Cassiano Marques.

Na época eram conhecidos apenas 47 sítios arqueológicos. Hoje, com os esforços da Secretaria em apoiar a pesquisa sobre os mesmos, esse número chega a quase trezentos.

Para mais informações sobre os geoglífos acreanos visite o site www.geoglifos.com.br

http://www.agencia.ac.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=13961&Itemid=26

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Viajar, por Amyr Klink

Hoje, Marcello Caldeira, que está no Grupo NazcaNautas 2011, enviou por e-mail a mensagem abaixo, escrita pelo navegador Amyr Klink, com a qual concordo completamente!

Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.”

Amyr Klink


Amyr cresceu em Guarulhos, bem próximo de onde eu cresci, na Grande São Paulo, e seu pai tinha um sítio, onde vendia legumes e verduras para as quitandas da região. Bem distante do mar.

Isso não o impediu de tornar-se navegador e ir até lugares sobre os quais a maioria das pessoas apenas lê, ou assiste em seus documentários.

Nada impede você de visitar seus sonhos. Eles não estão apenas em sua cabeça, mas em um lugar do mundo. Para chegar lá, o primeiro passo é deixar a horta e se aproximar do mar de seus sonhos.

Siga em frente. Sempre.

Aldo Novak

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Vinte viajantes confirmados! Mais dez vagas!

Acabei de conversar com o diretor da Terra Inca e recebi os nomes de todos os 16 primeiros participantes, já confirmados, que embarcarão conosco para Nazca dia 3 de março e serão nossos convidados para um almoço neste restaurante abaixo, o La Rosa Náutica, que marca o início de nossa viagem.


Além destes NazcaNautas, nosso grupo terá ainda:

17) Alcione Luiz Giacomitti
18) Mário El Puma
19) Raquel Doretto
20) Aldo Novak

Você conhecerá cada um deles depois de nosso embarque, porque - se a internet local permitir - vamos publicar aqui o dia-a-dia da jornada. Isso é importante para que os amigos e familiares possam acompanhar, mesmo que virtualmente, nossos dias deliciosos.

Também manteremos você informado via twitter (www.twitter.com/jornadasmagicas e www.twitter.com/aldonovak)

Conversando com Alcione hoje pela manhã, ele informou que dez novas vagas serão liberadas este domingo (na verdade, durante a madrugada de domingo para segunda-feira).

Mas o site de valores já está no ar e, caso você conheça alguém que queira embarcar conosco nesta viagem, já pode indicar o site www.NazcaMisteriosa.com.br.

Quando a promoção anterior foi feita, todas as 15 vagas foram tomadas em apenas seis dias. Então, é bom não demorar muito para tomar a decisão ou não deixar que a pessoa interessada demore. Outra oportunidade como esta somente em 2012!

Essas vagas poderão participar da viagem com facilidades que estão no site da viagem (http://www.NazcaMisteriosa.com.br/valores)

Um ótimo final de semana e até breve!


Aldo Novak

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Expo Peru acontece em novembro em São Paulo

Acontece entre 4 e 6 de novembro, no Memorial da América Latina, em São Paulo, a Expo Peru, evento que vai promover as potencialidades do país sul-americano para os brasileiros, com rodadas de negócios, expositores e capacitações.

“Apenas o primeiro dia será dedicado ao turismo”, disse a representante de Vendas do Turismo do Peru, Sandra Rey Guzman.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Novas regras para alfândega já estão valendo


Se há uma coisa que sempre incomoda quem viaja ao exterior é a burocracia do retorno. Nossos grupos sempre perguntam se podem trazer isso ou aquilo, se têm que registrar a câmera, etc.

Bem, agora tanto faz para que país você vá, as regras foram mudadas.


A Receita Federal publicou hoje no Diário Oficial da União a Instrução Normativa que facilita a entrada de objetos de uso pessoal nas alfândegas, além de acabar com a obrigatoriedade do preenchimento da declaração de saída temporária de bens importados do país, como notebooks e câmeras fotográficas. A medida, já anunciada nos últimos dias, tem o objetivo de diminuir as filas em aeroportos e fronteiras e simplificar o processo de fiscalização e já entrou em vigor.

Em vez de apresentar uma declaração relatando os bens importados levados na bagagem para o exterior, o turista que sai do Brasil apenas precisará levar consigo a nota fiscal do produto.

"A última norma era de 1998. A atualização foi necessária em função da mudança tecnológica dos bens de viajantes, das regras do Mercosul e das práticas internacionais", afirmou o subsecretário de Aduana e Relações Internacionais da Receita, Fausto Coutinho. "Nós detectamos um excesso de burocracia com a chamada declaração de saída temporária de bens e por isso a eliminamos", completou.

Além disso, no retorno ao país, os bens trazidos na bagagem para uso pessoal não serão mais contabilizados na cota limite do viajante para não precisar pagar impostos, equivalente a 500 dólares (por via aérea) ou 300 dólares (por via terrestre). Itens como roupas, sapatos, relógios, produtos de beleza e de higiene não são contabilizados nesse limite.

Nos casos de câmeras fotográficas e celulares, o viajante precisa provar que comprou os produtos para uso pessoal. O benefício vale apenas para uma unidade de cada produto.

No entanto, a nova regra não vale para filmadoras e notebooks. "Esses produtos não foram incluídos na norma devido à sensibilidade da indústria nacional. Cada produto tem um grau de sensibilidade", argumentou Coutinho. No entanto, admitiu o subsecretário, a convergência digital e o surgimento de novos bens tecnológicos podem levar a novas alterações nas normas nos próximos anos.

Além disso, a medida permite ao turista vindo do exterior desembarcar nos aeroportos do país sem utilizar a cota com até 20 unidades de produtos baratos, que custem até 10 dólares (por via aérea) ou 5 dólares (por via terrestre), desde que mais da metade desses produtos não sejam idênticos. Outros bens que não sejam para uso pessoal, além de serem contabilizados na cota limite de valor, não poderão exceder a quantidade de três unidades idênticas.

O Fisco também estabeleceu limites quantitativos para a entrada no país com bebidas alcoólicas (12 litros), cigarros (10 maços com 20 unidades), charutos e cigarrilhas (25 unidades) e fumo (250 gramas). "Foram fixados limites para dar segurança jurídica aos contribuintes. Quantidades acima disso revelam destinação comercial e, como o viajante não pode comercializar, a mercadoria que exceder o limite ficará retida na alfândega", explicou o subsecretário. "A falta de harmonização de procedimentos nas diferentes alfândegas e de limites quantitativos claros resultava em aplicação subjetiva das normas", completou.

Para Coutinho, as alterações não estimularão um aumento dos gastos de turistas brasileiros no exterior. A instrução também regulamenta a proibição de importação, como bagagem, de partes e peças de veículos, válida desde o ano passado dentro do âmbito do Mercosul.

As novas regras começam a valer em 1º de outubro. "Se fossem aplicadas agora seria um caos nos aeroportos, portos e pontos de fronteira. Nós precisamos treinar os servidores da Receita que trabalham nessas áreas", disse Coutinho.

domingo, 3 de outubro de 2010

15 minutos de chuva por ano em Nazca

Nazca, para onde vamos neste carnaval, é um dos desertos em que menos chove em todo o mundo.

Na verdade a chuva cai, em média 15 minutos por ano – cerca de 1 centímetro cúbico em 12 meses – o que torna as linhas praticamente indestrutíveis pelos milhares de anos em que existem.

Ainda assim, com todas as burradas que estamos fazendo, do ponto de vista ecológico, se o clima do planeta mudar muito, Nazca se perderá para sempre.

No inicio de janeiro de 2009, por exemplo, uma raríssima chuva afetou uma das figuras das enigmáticas Linhas, esta com mais de 2 mil anos de idade e uma das principais atrações turísticas do país.

O arqueólogo Mario Olaechea deu a triste notícia explicando que o acúmulo de água em pleno deserto removeu o solo argiloso e provocou uma alteração de cor na figura "Las Manos" (foto abaixo).



A "mão" afetada foi a direita. Mas quem vai conosco, pode ficar tranqüilo: o dano reverteu, assim que os novos depósitos de argila secaram.

É a primeira vez que as Linhas de Nazca são danificadas por uma tempestade, fenômeno bastante incomum na área.

As linhas são um conjunto de imagens - desenhos na areia - de grandes dimensões, visíveis apenas do ar, e que se estendem pela planície de Nazca, uma área de deserto 400 km ao Sudeste de Lima.

Os desenhos de Nazca foram declarados Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 1994.


Aldo Novak

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A Beleza de uma viagem assistida

A Beleza de uma viagem assistida

Semana passada recebi um contato de Gillis Iran, que esteve por um bom tempo na Espanha e, agora, no Brasil.

Mestre em turismo internacional, Gillis e eu já tínhamos conversado bastante tempo atrás e foi um prazer refazer o contato com ele.

Gillis disse: “Sempre achei intrigante as viagens com essa metodologia de “viagem assistida”, que a torna em sua essência, não uma viagem comum, mas uma experiência intrigante para o portfólio de vida de qualquer pessoa preocupada com o seu crescimento pessoal, com a ampliação dos seus conhecimentos e com a sua elevação espiritual.”

(foto) Parte do nosso grupo 2008, no Oasis de Huacachina


Gillis, que ainda não viajou conosco, pegou bem o conceito de nossas viagens, feitas pela Terra Inca para a Academia Novak. Não são viagens somente de turismo – embora tenham turismo; não são viagens de treinamento – embora tenham treinamento. Não são viagens de superação física – embora, muita gente pense isso, quando não nos conhece.

São viagens assistidas e acompanhadas por um coach, um Xamã (Mário El Puma) e um escritor (Alcione Luiz Giacomitti).

Mas também não são viagens de coaching; não são viagens esotéricas; não são viagens literárias. São viagens nas quais experimentamos tudo o que está disponível externamente, e vivenciamos isso internamente. Buscamos nos lugares visitados e nas experiências encontradas uma série de paralelos com a vida de nossos viajantes.

Se é literatura que você busca, encontrará. Se é coaching, encontrará. Se é esoterismo, encontrará. Se é mistério, encontrará. Se é aventura, encontrará.

Na verdade, você sempre encontra exatamente aquilo que procura, como na vida.

São viagens na quais podemos ter um contato maior com quem nós somos - ou quem queremos ser.

Estas viagens, como a Nazca Misteriosa, são o início de novos momentos em sua vida. O início de novos horizontes.

Durante os dias nos quais estamos juntos, aprendemos conceitos como aqueles defendidos por Stephen R. Covey, que diz que o que importa não é o que acontece com você, mas o que você faz com o que acontece com você. E, algumas vezes na vida, isso muda tudo.

Na vida, aquilo em que escolhemos acreditar ou não acreditar é essencial para realizarmos todo o nosso potencial. E por isso, viajamos com o grupo pensando neste conceito.

Viagens Assistidas: este é o conceito, esta é a idéia.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Por que não Machu Picchu durante o carnaval?


Por que não Machu Picchu durante o carnaval?

Tenho recebido mensagens de pessoas perguntando a razão de não irmos, durante o próximo carnaval, para a região de Machu Picchu.

A resposta é simples: chuvas.

Nos últimos anos as chuvas têm aumentado muito na região dos Andes. Este ano, dois mil turistas tiveram que ser retirados de helicóptero (foto) de Machu Picchu, porque o trem que faz o caminho para Águas Calientes não podia chegar até a cidade.

Alcione Luiz Giacomitti, da agência Terra Inca, que produz o roteiro para a Academia Novak, sugeriu a alteração das datas exatamente para evitarmos esses desafios. Aceitei na hora!


Por isso, vamos para Machu Picchu somente em setembro de 2011, quando não há chuvas e as flores da primavera já estão cobrindo as montanhas andinas, com imagens de tirar o fôlego!

Nossa próxima viagem, este carnaval, será para a deliciosa Nazca, com temperatura diária entre 20 e 27 graus e sempre com "probabilidade" de chover apenas um dia no mês. Mas os desenhos no deserto já estão lá – alguns – há mais de 3000 mil anos e nenhuma chuva apagou.

Centenas de casas dos moradores nem possuem telhado – afinal, por que deveriam se proteger de algo que quase nunca acontece?

Curiosamente, a umidade relativa do ar não é menor, por causa disso. Na verdade, tanto em Machu Picchu, nos Andes, quanto Nazca, no deserto, têm tido umidade relativa de 70 por cento nos meses de fevereiro dos anos mais recentes. Seria de se esperar quem fossem muito diferentes. Não é necessário preocupar-se com isso.

A diferença mesmo é que em fevereiro/março chove todos os dias em Machu Picchu, em algum momento do dia, mas não cai nem uma gota em Nazca.

Então, está explicado porque não vamos mais para Machu Picchu no carnaval, não é? Vamos para Nazca. Sem ventos, sem chuva, mas com uma beleza inigualável.

Veja um pouco dessa beleza visitando nossa página de Nazca 2011!

Coach da viagem


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Os incas conheciam outro idioma?


Hoje recebi um e-mail de Helder Amarante, coach que viajou conosco para Machu Picchu em 2008 e muito simpático.

(foto) Helder Amarante no sítio arqueológico de Silustani, conosco em 2008


Na mensagem, Helder trazia a notícia de que hoje, quinta-feira, arqueólogos anunciaram que foi descoberto um idioma perdido, falado pelos indígenas do norte do Peru. Portanto, não eram os Incas, mas certamente um outro grupo, talvez anterior, que vivia na região.

Os detalhes foram publicados hoje na revista científica 'American Anthropologist'.

A notícia diz que os arqueólogos “encontraram uma carta do século XVII, que trazia, no verso, números em espanhol e sua respectiva tradução para a linguagem desconhecida. O achado ocorreu em Trujillo, cerca de 560 quilômetros ao norte da capital Lima”, para onde vamos em março com o grupo de brasileiros na viagem Nazca Misteriosa.

As escavações foram realizadas nas ruínas de um complexo habitado por monges dominicanos por cerca de dois séculos. A carta estava sob um amontoado de adobe (tijolo grande de argila acrescido de palha ou capim).

"Nossas investigações determinaram que esse pedaço de papel registra um sistema numérico de uma linguagem que foi perdida durante centenas de anos", disse Jeffrey Quilter, arqueólogo do Museu Peabody de Arqueologia e Etnologia da Universidade Harvard. O idioma nunca mais teria sido ouvido a partir do século XVI ou XVII, segundo Quilter.

Para quem já esteve várias vezes nos Andes, sabe que os habitantes preferem ainda falar o quéchua, ao espanhol. As novas gerações, infelizmente, acham que quéchua é língua dos “velhos” e o governo peruano incentiva esta idéia, mas este idioma ainda é falado por milhões de pessoas da região andina. O Xamã que nos acompanha na viagem fala sempre quéchua com outros moradores andinos.

A carta, enterrada nas ruínas da igreja de Magdalena de Cao Viejo, no sítio arqueológico de El Brujo, foi achada em 2008. Mas os cientistas decidiram manter a descoberta em segredo até que a pesquisa apresentando evidências sobre o idioma perdido fosse publicada, este mês, na revista científica "American Anthropologist".

O Peru sempre surpreende, com uma história muito rica.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Quais os sites da Terra Inca e da Viagem para Nazca?


Um bom número de pessoas pergunta qual é, exatamente, o endereço do site da Operadora Terra Inca, bem como o site da viagem. Então, nesta postagem, coloco todos os endereços.

Começando pela Operadora Terra Inca: http://www.TerraInca.com.br
Para conhecer a viagem para Nazca: http://www.NazcaMisteriosa.com.br
Para os detalhes da viagem do carnaval: http://www.NazcaMisteriosa.com.br/proximaviagem
Para conexões lentas (sem fotos): http://www.nazcamisteriosa.com.br/roteiro2011/
Pagina de preços e condições: http://www.nazcamisteriosa.com.br/valores/

Além disso, é interessante você checar:

Blog oficial das viagens da Academia Novak feitas com a Terra Inca, Projeto Jornadas Mágicas: http://jornadasmagicas.blogspot.com/

A vantagem do blog é que tem informações de bastidores, com menos preparação, e fotos enviadas pelos próprios NazcaNautas e que publico por lá - como esta aqui embaixo, mostrando parte do grupo do ano passado, em um dos passeios organizados pela Terra Inca.

Twitter Jornadas Mágicas: http://twitter.com/jornadasmagicas

Caso você queira me seguir no Twitter também, meu endereço é http://twitter.com/AldoNovak

Espero ter ajudado!


Aldo Novak

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Nazca ou Nasca?


Engraçado como as pessoas conhecem pouco sobre a América Latina. Poucas pessoas parecem saber, por exemplo, que Nazca localiza-se no Peru.


Na foto acima vemos o famoso "colibri", desenhado no deserto. Muita gente conhece a imagem, mas não o país em que fica.

Mas, afinal, quem sou eu para corrigir isso? Alguns anos atrás, na primeira vez que o diretor da operadora Terra Inca me convidou para ir com ele até Nazca, pensei que ficasse no Chile... Por isso, entendo a situação de quem se confunde.

Somos desatentos quando o assunto é um país com o qual não tenhamos muito contato – como era o meu caso, antes.

Por isso, em todas as chances que tenho, repito que vou para Nazca... no Peru. Assim vamos divulgando o país correto.

Outra dúvida muito comum é sobre a grafia do nome: afinal, devemos escrever NaZca (com “Z”) ou NaSca (com “S”)?

Felizmente, este é um daqueles casos nos quais você acerta sempre, não importa o que use. Acontece que as duas formas estão corretas.

Dentro do Peru, em espanhol, o nome é com "S" – Nasca. Fora do Peru, ou em inglês, sempre escrevemos com "Z" – Nazca.

Para que fique claro que as duas formas estão corretas, todos os materiais da Operadora Terra Inca usam a palavra com a letra “S”, enquanto os materiais emitidos pela Academia Novak usam “Z”. Foi um modo democrático que encontramos.

Por hoje é isso. Acabei de saber que já temos 30% do grupo pré-bloqueado para a viagem. E olha que só embarcaremos em março! Isso é muito bom, porque a viagem é realmente maravilhosa!

Até breve,


Aldo Novak

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Amigos de viagens

Hoje foi lançada, oficialmente, a viagem Nazca Misteriosa. E estou impressionado com o número de e-mails que já começaram a chegar. Pessoas de todo o Brasil estão interessadas em fazer a melhor viagem de suas vidas!

Uma coisa que pouca gente sabe, entretanto, é o número de viajantes que voltam a viajar conosco depois de uma primeira jornada. Agora pouco recebi um e-mail de Suzane Oliveira Jales de Carvalho (foto abaixo) que esteve conosco em Machu Picchu em 2008, pedindo informações sobre essa nova viagem.




Suzane fez uma bela reportagem sobre a viagem que apareceu na primeira página do Jornal Meio Norte, com fotos impressionantes.

Alguns "incanautas" - nome que damos aos viajantes que nos acompanham para Machu Picchu - acabam tornando-se "nazcanautas" - nome dos que vão conosco para Nazca. E vice-versa. Essa mistura de experiências acaba enriquecendo ainda mais nossos momentos.

Sempre que recebo o pedido de informações da viagem de alguém que já viajou conosco fico ainda mais feliz. Isso mostra que nosso trabalho é diferenciado e que fazemos amigos de longa data, em cada jornada.

Bom modo de começar o dia!

Aldo Novak



domingo, 19 de setembro de 2010

Nazca 2011 lançada

Hoje, dia 19 de setembro, lançamos a novíssima viagem para Nazca - a chamada Nazca Misteriosa.

Saiba mais em http://www.NazcaMisteriosa.com.br


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Primeiro de Abril em Machu Picchu

Recebemos uma ótima notícia ontem, dada pelo ministro de comércio exterior do governo peruano: segundo ele, Machu Picchu será reaberta para visitação internacional a partir do dia primeiro de abril.

Uma escolha desastrada de data, certamente. Em todo o mundo este dia é considerado o dia da mentira e isso deve atrapalhar a divulgação de reabertura de um dos maiores ícones do turismo em toda a América Latina.

Ainda assim, a notícia é muito boa. Nosso grupo embarcará dezenove dias depois, a partir de Guarulhos. Será a décima vez que visito a cidade sagrada inca.

Na foto abaixo, estou ainda chegando ao Valle Sagrado. Lembro que estávamos parando em um mirador para podermos observar a beleza da região em um dia especialmente agradável.

 

P1011089

Algo me diz que será uma viagem maravilhosa. O grupo já está montado e estou começando a preparar um trabalho de acompanhamento diferente do que fiz nas viagens anteriores.

Falta pouco.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Machu Picchu em maio

É impressionante o número de telefonemas, e-mails e contatos pessoais com amigos e leitores preocupados com o que ocorreu em Machu Picchu – as maiores chuvas dos últimos 35 anos, segundo o governo peruano.

A maioria das pessoas pensou que eu estava lá com nosso grupo, pois das últimas nove vezes em que visitei Machu Picchu, oito foram no carnaval.

Na foto abaixo, eu e Raquel Doretto no aeroporto internacional de São Paulo, pouco antes do embarque.

 

P1310901

 

Mas o nosso carnaval ainda não cheg0u e nosso grupo nem havia embarcado ainda. Por isso, nossos incanautas ainda estavam preparando-se para o embarque.

Depois de consultar os serviços peruanos, a empresa que controla os trens, os guias que residem na cidade de Cuzco e as fontes do governo em Cuzco,  a operadora Terra Inca (que me contrata para acompanhar os grupos de brasileiros e opera no Peru há mais de dez anos) decidiu apenas adiar a viagem em 12 semanas.

Isso dará o tempo necessário para que a linha férrea e os serviços sejam restabelecidos e coloca nosso grupo em uma época em que as chuvas são muito leves, quando há.

Por isso, agora minha palestra no Valle Sagrado foi transferida para o dia 23 de maio (esta data ainda deverá ser confirmada, mas se não for no dia 23, deve ser dia 22 ou 24) e os incanautas embarcarão dia 19 a 28 de maio.

As confirmações ocorrerão nos próximos dias, mas já informei a minha equipe que este período deve ser bloqueado, evitando que quaisquer outras palestras sejam agendadas.

Até onde sei, não há mais vagas para esta viagem. Mas, se a operadora conseguir outras vagas, certamente informarei aqui.

Informações atualizadas sobre esta nova viagem podem ser encontradas em http://www.JornadaInca.com.br

 

Aldo Novak

Coach

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Redes de hotéis internacionais invadem Peru

Blog Jornadas Mágicas


Diário de bordo: redes de hotéis internacionais invadem Peru

Redes internacionais decidiram abrir estabelecimentos em Cusco e região, no Peru, destino mundial que atraiu mais de um milhão de turistas em 2008. Um dos projetos mais relevantes é o "sete estrelas" da rede norte-americana Revolutions.

Marriott, Hilton, Acqua, San Agustín e Libertador são as redes que escolheram Cusco para suas novas aberturas, a maior parte de cinco estrelas, mas também de quatro e três estrelas.

Os investimentos se concentram no Valle Sagrado, onde se localizam Huayllabamba, Yucay, Urubamba, Maras, Chinchero, Ollantaytambo e Machu Picchu, uma das grandes atrações mundiais.

Até 2007 esses distritos tinham uma oferta básica, mas agora contam com hotéis de luxo, boutiques e restaurantes gourmet. Uma boa parte dos visitantes de Cusco é considerada de alto poder aquisitivo.

Além dos investimentos hoteleiros cresce a oferta gastronômica impulsionada por chefs peruanos que vão inaugurar seus próprios restaurantes.

Fonte: El Comercio

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Missão das Nações Unidas em Machu Picchu

Uma missão da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, visitará Machu Picchu, em janeiro, quando vai conferir os trabalhos realizados desde 2007 para a proteção e conservação do sítio histórico, considerado Patrimônio Mundial. 

A visita faz parte dos acordos realizados em julho entre o governo peruano e a UNESCO, com disposições sobre um sistema de vigilância sobre os riscos ocasionados por uma utilização sem controle no âmbito turístico. A organização internacional não nega sua preocupação pelo estado de conservação do complexo.
 
AE

Saiba tudo sobre a nova Jornada Sagrada para Macchu Picchu em www.JornadaInca.com.br 

segunda-feira, 31 de março de 2008

Recepção dos Índios nas ilhas

Blog de Viagem - Jornadas Mágicas
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Diário de bordo: Mais que uma ilha da fantasia

Faltam menos de 30 segundos para nosso barco ancorar, ao lado da ilha Santa Maria, no "arquipélago" de Los Uros. As casinhas, sempre novas devido a necessária troca da palha de totora, lembram casas de brinquedo.



Eis a ilha Santa Maria.

Talvez eu volte aqui, em algum momento do futuro, para passar ao menos quinze dias entre os índios. Minhas visitas são sempre muito rápidas, sempre deixando gosto de "quero mais".

É bom estar de volta.

A alegria dos moradores de Los Uros é contagiante. Mesmo estando aqui apenas uma vez a cada ano, sempre conto os minutos para olhar as ilhas e ver os índios acenando, enquanto nosso barco se aproxima.




Note como lembra um "colchão", colocado sobre as águas do lago. Nossa, como é bom estar aqui, longe dos telefones tocando, dos prazos, dos desafios e de inúmeras pessoas cobrando tudo para "ontem". Para dizer a verdade, o fato do celular, do rádio Nextel e da internet não funcionarem direito aqui é uma benção.

É impressionante como os índios de Los Uros são alegres, quase ingênuos. Coisa que raramente encontramos em nossas cidades "modernas' e em grande parte da sofisticação esnobe que a gente encontra nas pessoas ditas "civilizadas".


As mulheres de Los Uros vestem-se com saias coloridas e uma espécie de jaqueta, sempre de cor diferente. Todas usam chapéus contra o sol. Infelizmente, nem elas nem as crianças usam bloqueadores solares, e pagam o preço disso. Os raios solares, mortais, machucam a pele das mulheres e das crianças, com os efeitos que nós conhecemos muito bem.

Se você prestar atenção, verá que as roupas têm basicamente o mesmo modelo, em diferentes cores. As meninas também vestem roupas semelhantes, enquanto os homens usam trajes mais simples - aliás, como em todas as culturas.



Na maravilhosa foto acima, feita pelo Hiran (não me canso de admirar as fotos dele), podemos ver onde as mulheres colocam as roupas para secar, do lado de trás das ocas. Toda a comunidade partilha as áreas principais (existe apenas uma cozinha, por exemplo, que todas as mulheres usam para preparação das refeições).




O sorriso deles está sempre lá, não importa quando eu venho aqui. Parece que sempre estão alegres, animados e positivos. Isso contagia todos que os conhecem, dando uma carga positiva em cada um de nós.




Este lugar é mesmo mágico. E acabamos de chegar. O passeio começa agora.


Aldo Novak
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Jornada Sagrada Inca & Nazca Misteriosa

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Mistérios de Nazca
Novembro de 2008
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Conheça o Peru misterioso, romântico e cheio de aventuras. Venha jantar sobre o Oceano Pacífico e passear ao lado de milhões de pássaros, leões marinhos e pinguins. Participe de um passeio pelas dunas do deserto peruano ao anoitecer, e venha jantar sob o luar das estrelas, com uma banda de músicos só para nós em tendas armadas no meio do deserto. Vamos sobrevoar as misteriosas figuras no solo de Nazca com um avião fretado e, no dia seguinte um helicóptero vai descendo no hotel para levar você em um segundo sobrevôo. E isso é apenas o começo.


Jornada Sagrada Inca

Carnaval em Machu Picchu ( http://www.JornadaInca.com.br)

Visite a pirâmide Aymara, sinta a energia dos índios das ilhas de Los Uros no lago Titicaca, viva o ar romântico de Cusco e a imponência da fortaleza de Saqsaywaman. Descubra a maravilhosa feira artesanato de Pisac e a história de amor mágico de Ollantaytambo. Visite Machu Picchu duas vezes, relaxe nas piscinas de águas vulcânicas e viva a experiência de realmente conhecer o império Inca.


Viajando para fora. Olhado para dentro.
Mudando por inteiro em uma jornada inesquecível


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segunda-feira, 24 de março de 2008

Inacreditável: Dançando no Titicaca

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Diário de bordo: Finalmente...

Subo ao deck superior do nosso barco e descubro a razão de tanta algazarra, do outro grupo. É que nossos passageiros estão fazendo a "dança do siri", que virou febre em alguns lugares. Note que o outro barco também resolveu entrar na dança, e agora temos dois barcos com brasileiros dançando, no lago Titicaca.



Apesar de ser uma viagem com inúmeros momentos de silêncio e introspecção, parece que o grupo decidiu ser agora o momento de deixar a alegria fluir. Aliás, o grupo todo está muito alegre.

E olha que nós estamos acima dos 3.800 metros de altitude! E os grupos estão dançando e cantando! Como o silêncio do Titicaca é enorme... a experiência para cada um deles se torna ainda mais inesquecível.

Eu gravei em vídeo este momento, mas não dá tempo de postar no blog agora. Se conseguir farei isso nos próximos dias.

Claro que algumas vezes, podemos ver alguns dos incanautas em momentos nos quais estão em suas viagens interiores, como Laércio que, enquanto navegávamos em direção às ilhas, olhava para o horizonte sorvendo a experiência.





No mesmo momento, a sempre sorridente Aléssia parecia estar em uma lancha, no Rio de Janeiro!





Ficamos batendo papo por mais alguns minutos, mas as ilhas se aproximam. E já podemos avistar a primeira, no horizonte. O barco capitânia, com nosso líder Alcione Gicaomitti, já se aproxima das ilhas. Nós estamos logo depois dele.



Chegamos. Estamos em Los Uros.




Aldo Novak
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sábado, 22 de março de 2008

Pensamentos de bordo

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Diário de bordo: Finalmente...

Durante vários dias, desapareci aqui do blog. Felizmente, agora poderei voltar a postar novamente, pois escrevi usando o velho método, de papel e lápis, para poder simplesmente transferir o texto para cá, quando voltasse a ter conexão com a internet.

Antes de tudo, vou continuar de onde parou minha mais recente entrada no diário.

Nosso grupo de Incanautas, agora chamando-se uns aos outros de incamigos, entrou a bordo dos três barcos. Engraçado como cada viagem é diferente das outras. Mas há coisas que se repetem, já que todos os anos estou aqui. Dentro de alguns dias estaremos entrando em Cusco, e estaremos nas mãos competentes do Xamã Mário El Puma. Ele é um fator imutável, aqui. Assim como o lago, que também nunca muda.

Alcione, embora esteja em todas as viagens, foi mudando de jornada para jornada. Parece que, de certo modo, a diminuição do estresse o torna mais alegre. Ele é muito dedicado ao funcionamento pleno da jornada, operando no 220 desde o aeroporto, no embarque, até o retorno.



O estresse de quem organiza um projeto como este é muito grande, e ele fica com quase todo o peso. Eu fico com a parte fácil, que é estar com as pessoas, fazer fotos e aplicar algumas metáforas. Além de escrever nosso diário, é claro.

Admiro a dedicação que ele tem e, considerando o trabalho que sobra nas costas dele, é admirável que ele tenha iniciado essas viagens, há quase uma década, de forma totalmente emocional. Em meu novo livro, "O Segredo para Realizar Seus Sonhos", conto exatamente como tudo começou, no projeto da Terra Inca.



Alcione trabalha o tempo todo, fazendo em um dia o que eu levaria uma semana para realizar. Seu foco está em que todos nós tenhamos as melhores experiências que possamos ter. Além disso, ele consegue escrever livros magníficos. Seu livro mais recente chama-se Noites Mágicas em Machu Picchu e é uma deliciosa fábula sobre pessoas que buscam algo nas montanhas que visitaremos.

E também há Raquel. É difícil falar dela porque, no fundo, ela é uma das poucas pessoas com quem converso sobre qualquer assunto, e ela sempre tem algo de útil a acrescentar. Mesmo quando não diz nada.


Uma esponja de aprendizado, Raquel domina rapidamente qualquer coisa que esteja estudando. Sua luz, seu brilho, que qualquer um pode ver, ofusca a todos com alegria, onde quer que ela esteja. Ela é um presente, para a vida de todos que a conhecem.

Nos momentos em que ela olha para dentro, fica séria e pensativa, como na foto abaixo, feita pelo Hiran.



Mas quando decide abrir o sorriso e brincar, alegra qualquer ambiente, como um anjo.



Há alguns anos, Raquel me acompanha em palestras e assistiu inúmeras vezes meus workshops, os mesmos workshops, antes de se tornar assistente e co-facilitadora de alguns.

De certo modo, estar aqui com Alcione e Raquel tornam meu trabalho mais calmo e simples, porque tenho alguém que resolve todos os problemas que surgem, Alcione, e alguém que cuida de mim tanto quanto eu cuido dela, Raquel.

Não tenha dúvidas: seja qual for seu sonho, metade da batalha está ganha se você estiver cercado das pessoas certas. Porque, no fim, quando os desafios surgem, são elas que contam.

Penso nisso enquanto este barco atravessa o lago navegável mais alto do planeta. Mas penso também no calor. Pela primeira vez está quente aqui. Já vim para o Titicaca com temperaturas de 8 graus. Hoje, devemos ter pelo menos 25.

O grupo que está a bordo do meu barco não fica parado um só segundo. Estão todos alegres, brincando e fazendo fotografias.




É bom estar aqui, entre pessoas que já estão tornando-se amigas.

Olho para o relógio. Estamos bem perto das ilhas, agora. Em quinze minutos, o barco estará ancorando.

Vejo que o pessoal de um dos outros barcos está gravando imagens do nosso grupo e acenando. Fico curioso para saber o que está acontecendo do lado de fora do barco, que esteja chamando tanta atenção. Coloco o salva-vidas, obrigatório, e sigo para a escada que leva até o segundo andar.

Vamos ver o que essa turma está fazendo agora.



Aldo Novak
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Cadê a internet do Titicaca?

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Diário de bordo: procurando um meio de enviar o blog


É impressionante como temos a ilusão de que o mundo todo está conectado. Na verdade, o mundo todo está tentando se conectar, mas isso não é assim tão simples.

O que decidi fazer, já que a internet ainda é ficção científica em alguns pontos do Peru, é continuar a escrever o blog off line e, quando eu tiver acesso novamente, simplesmente continuarei a publicar.

Assim, mesmo que eu já tenha voltado ao Brasil, você continuará a receber as postagens escritas durante a jornada.

Nos próximos posts vou contar da visita em Los Uros, da belíssima apresentação de Raquel e do modo emocionante com o qual fomos recebidos pelos indígenas.

A foto ao lado foi feita pelo Hiran.

Até breve!


Aldo Novak
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Taypikala: onde estará Eva Maria?

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Diário de bordo: Hotel do Titicaca


A manhã chegou. O hotel deve despertar a turma toda por volta das oito horas, mas já estou desperto as 06h00.




O Hotel Taypikala é lindo e muito confortável. Além disso, estamos há poucas centenas de metros do lago Titicaca. Raquel deve acordar por volta das 7 horas, mas também precisará ensaiar (uma surpresa que teremos hoje, no lago, é uma apresentação de violino, com ela).

Alcione está no hotel ao lado, que pertence ao mesmo grupo, já que este hotel, apesar de ótimo, não tem quartos para todo o nosso grupo. Fechamos todo o hotel para nós, além de vários quartos do hotel ao lado.

Aproveito estes momentos de silêncio e calma para escutar os patos selvagens que passam por sobre o lago e assistir as imagens mentais que vão me preparar para uma apresentação que teremos no final do dia, no sítio de Silustani.

Penso também em Eva Maria.

Vou reencontrá-la hoje e, para que você não fique perdido, explico abaixo o que aconteceu ano passado, e você conhecerá essa indiazinha, de dois anos, que deu um susto em nosso grupo.

O que aconteceu ano passado


Normalmente, mantenho parte dos bastidores das viagens fora do blog. Mas, abrirei uma exceção hoje.





A menina acima é Eva Maria. Conheci Eva quando tinha pouco mais de 1 ano, em Los Uros, em 2006. Sua mãe, ao lado dela na foto, também chama-se Eva.

A maior parte dos viajantes de 2007 conheceu as duas, na ilha.

A esta altura, a maioria de vocês já sabe que eu não tenho uma agência de viagens. Na verdade, sou apenas parceiro da Terra Inca, agência de meu amigo Alcione Luiz Giacomitti, que promove viagens ao Peru e Bolívia há mais de oito anos.

Aqui, na Academia Novak, nós temos uma divisão especial, chamada Jornadas Mágicas, que envolve viagens, palestras e - algumas vezes, travel coaching.

Talvez, por isso nossas viagens sejam diferentes. Não temos interesse, na Academia Novak, em fazer 200 mil viagens para lugar nenhum. Nem a Terra Inca. Preferimos fazer poucas viagens, nas quais nós também embarcamos, e criamos roteiros cujo conteúdo seja diferente do restante. Alcione sempre organizou viagens desenhadas sob encomenda. Eu, como coach, apenas trabalho em viagens buscando metáforas naturais para meu trabalho.

Com isso, naturalmente, ganhamos menos. Mas, nos divertimos muito mais.

De qualquer modo, existem coisas que acontecem nas viagens que nos ensinam muito.

Ano passado, por exemplo, ao voltar a Los Uros, perguntei para Eva sobre sua filha, Eva Maria. Ela ficou contente por eu ter lembrado, mas disse que ela estava com um probleminha na mão. E pareceu triste.

Probleminha? Que probleminha?, perguntei.

Ela me olhou meio sem jeito, e disse que a filha tinha queimado a mão direita enquanto ela fazia uma sopa. Dois dias antes.

Os índios de Los Uros estão em uma encruzilhada cultural, ainda. Eles são índios, mas estão vivendo no século 21. Assim, têm comportamentos singelos, mas que podem ser mortais.

A nossa civilização pode aprender muito com eles, mas também podemos ensinar.

Ela perguntou se eu queria ver a menina. Eu disse que sim. E ela veio alegre. Olhei e vi uma mudança bem grande. Em apenas um ano, sua pele já estava queimada de sol. Note que ela não está bronzeada, mas queimada mesmo. Pude ver os anos de vida dela escorrendo pela exposição aos raios mortais do sol. Ano passado sua pele estava completamente diferente.

Ninguém ensina os índios que o sol pode encurtar suas vidas.

Mas isso é algo que a gente se acostuma a ver na Bolívia e no Peru. Bloqueadores solares ainda são ficção, para eles (são ficção para nós, em muitos pontos do Brasil!)

Mas o que me chocou (e que você NÃO verá, nas fotos) foi a tal queimadura de sopa. Quando a mãe levantou a blusinha da Eva Maria, eu nem sabia o que dizer. Raquel, que estava próxima de mim, perdeu a voz. A queimadura era grave. Muito grave.







Eva Maria tinha colocado a mão dentro de uma panela de sopa fervente. Não preciso dizer o que isso fez com a mão direita e o braço dela. Só de pensar nisso, já fico mais neurótico com crianças perto do fogão.

Chamei Alcione na hora. Ele viu e não acreditou. Ele perguntou quem estava cuidando dela, se havia algum médico, etc. Mas eles não tinham dinheiro para levar a pequena Eva Maria para um médico particular, em Puno, e um médico do governo... bem, se no Brasil isso é um problema, imagine em uma tribo peruana...

Então, Alcione e eu concordamos em mudar o roteiro da tarde. Eu tinha um trabalho para executar com os viajantes, em Silustani, e ele (originalmente) iria também. Mas decidimos que eu iria sozinho, com Raquel, para que ele pudesse levar Eva Maria para a cidade. E foi o que ele fez. Colocamos Eva Maria e a mãe no barco e levamos junto com a gente, para o ancoradouro. De lá, um taxi levou eles para Puno.

Alcione levou Eva Maria, com a mãe, até um consultório particular em Puno, pagou a consulta (e deixou paga duas outras), comprou os remédios, levou eles para comer e, por fim, devolveu as duas para a ilha.

Fez o que elas deveriam ter feito dois dias antes, mas por falta completa de um simples assistente social, nas ilhas, a menina poderia ter perdido os movimentos da mão. Não sei a aparência que terá sua mãozinha mas, como ela é muito jovem, pode ser que fique bem, quando crescer.

Este ano sei que as coisas estarão mudadas. As ilhas de Los Uros têm uma assistente social, agora, e até uma das ilhas têm um pequeno posto de enfermaria, montado por uma igreja. Mas, ano passado, eles não tinham como fazer nada, exceto ir para Puno, como fizemos.

Alcione aproveitou para fazer outra coisa: comprar o material escolar para todas as crianças da ilha, para todo o ano. Ele não deu dinheiro, porque isso pode ser complicado e arriscado, em qualquer lugar do mundo. Na verdade, ele foi até a cidade e comprou tudo, dos livros, cadernos e lápis até as mochilas. E entregou tudo para os moradores da ilha, antes de voltar a se reunir conosco.

Fico aqui imaginando se as tais agências de turismo que levam milhares de brasileiros ao Peru se preocupam com essas coisas. O que vejo é muito diferente. Vejo agências caça-níqueis que jogam os brasileiros lá como formigas em uma plantação. Poucas se preocupam em alguma responsabilidade social, pelo caminho. Só brigam pelo preço mais baixo, para socar mais e mais brasileiros lá. E salve-se quem puder.

Por isso trabalho com a Terra Inca.


ALGUMAS SEMANAS DEPOIS


Depois que o texto acima havia sido publicado ano passado, aqui no blog da viagem, recebi muitos e-mails com comentários sobre a pequena Eva Maria. A maioria, perguntando como ela estaria.

Felizmente, depois do atendimento médico ela está passando bem. Abaixo, mais uma foto, com Alcione, Eva Maria e sua mãe, Eva.

Foi tirada logo depois dela ter sido atendida em Puno. A mãozinha já estava tratada. Ela ainda estava chorando, porque ficou assustada, mas já tinha recebido, finalmente, os cuidados médicos!




Agora, voltando aqui para o dia de hoje, me pergunto como ela estará. Dentro de três horas, estaremos saindo para visitar a Ilha de Los Uros novamente e espero que ela esteja bem.

Logo sabermos, eu e você.

Enquanto isso, continuo a escrever e escutar os patos selvagens, que cortam o lago. É hora de fazer meus exercícios matinais. Com a trilha sonora maravilhosa deste lugar.

Hiran, nosso superfotógrafo, me passou esta foto, que tirou do lago.



É assim que começo o dia, aqui no Peru. E desejo um ótimo dia, para você, que está no Brasil ou em outros pontos do mundo, lendo este blog.



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Jornada Sagrada Inca

Carnaval em Machu Picchu ( http://www.JornadaInca.com.br)

Visite a pirâmide Aymara, sinta a energia dos índios das ilhas de Los Uros no lago Titicaca, viva o ar romântico de Cusco e a imponência da fortaleza de Saqsaywaman. Descubra a maravilhosa feira artesanato de Pisac e a história de amor mágico de Ollantaytambo. Visite Machu Picchu duas vezes, relaxe nas piscinas de águas vulcânicas e viva a experiência de realmente conhecer o império Inca.


Viajando para fora. Olhado para dentro.
Mudando por inteiro em uma jornada inesquecível


Jornadas Mágicas http://www.JornadasMagicas.com.br