Visitando Marte

Blog dos NazcaNautas 2007

Diário de bordo: quarto dia da viagem

DESERTO

A viagem continua. Nunca chove neste lugar. Prova disso e que muitas das casas pelas quais passamos, da população mais pobre, não têm teto – apenas as paredes e, na maioria das vezes, um pouco de palha em treliça para bloquear o sol. Digamos que são um tipo diferentes de “sem-tetos-com-casa”.

Mas a sensação aqui é diferente. Do meu lado direito, vejo o Oceano Pacífico, belo.

A cor da areia, com o sol e o clima, dão uma visão meio alienígena do terreno. Também há alguns momentos nos quais vemos redemoinhos, que podem iniciar algum tipo de tempestade de areia.


Mas, se de um lado do ônibus podemos ver o mar, do outro lado o deserto e as montanhas tomam toda a nossa visão, de modo realmente diferente.

São estranhas, como se fossem gigantescas dunas de areia, mas parecem feitas de algo diferente de areia.




Na verdade, estamos pensando se há realmente areia, lá, ou Algum tipo de pedra.

Mas teremos a chance de visitar o deserto em breve, porque temos um jantar marcado, no meio do nada, sob as estrelas e entre as milhares de dunas de areia que se espalham pela região.



Entre o oceano e o deserto há essa nossa estrada moderna e confortável, melhor que muitas estradas brasileiras, vivendo como um corpo estranho repleto de carros modernos em uma região cheia de mistérios.

Lembra um pouco aquelas estradas de desenhos animados, surgindo nos lugares mais improváveis.


ONDE ESTÁ A VIKING II?

Se alguém tivesse me levado durante o sono, para cá, eu pensaria estar em outro planeta. A cor da terra e das pedras reflete no céu e cria a ilusão de estarmos no solo marciano. Veja a foto abaixo. NÃO é uma foto do planeta Marte, enviada pela Viking. Fui eu quem tirou a foto de dentro do nosso ônibus.


As marcas no solo devem ter sido feitas por algum buggy, não por alguma sonda espacial. Mas, sejamos francos: que parece algo marciano... parece.

Durante a viagem, há alguns minutos, começaram a surgir piadas de que a Missão Viking, da NASA, teria sido forjada por aqui...

Nunca vi um lugar no mundo tão parecido com algo do outro mundo. E não há como evitar sentir isso. Basta olhar para fora da janela e parece que não estamos mais na Terra.

Observe as fotos. As pedras, a cor e o tipo de topografia lembram demais aquelas mostradas pela NASA, como sendo Marte. Só falta encontrarmos um marciano preparando-se para descer nas linhas de Nazca

Creio que estamos nos aproximando do restaurante no qual almoçaremos. Tenho que desligar o computador, pois a bateria já está acabando.



Aldo Novak

Nazca Misteriosa
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