Operação Tempestade no Deserto

Blog dos NazcaNautas 2007

Diário de bordo:

Dez minutos viajando e parece que estamos em algum filme.

Uma névoa estranha cerca o ônibus, que reduz a velocidade. A estrada é espetacular, uma coisa totalmente inesperada, porque ao lado da rodovia só há areia e alguns moradores, trabalhando em algo que eu desconheço.

Do lado de fora da janela não consigo ver nada mais que essa névoa, mistura de areia – provavelmente – gotículas de água vinda do mar.
Olhando a estrada, agora vemos cerca de 50 metros com clareza.

Depois disso, um smog fantasmagórico toma o caminho. Parece que estamos em uma Matrix, um mundo virtual que vai sendo construído enquanto o ônibus avança. O deserto muda muito rápido.

Pela nossa experiência, sabemos que o cenário vai ser alterado radicalmente em alguns minutos. Aqui, apenas algumas centenas de metros permitem uma completa mudança de paisagem.

Todos estão em silêncio, olhando a estranha paisagem.

Uau! Não dá para contar em palavras aquilo que estamos vendo. Nem em fotos.
Acabamos de passar por uma placa informando que Paracas, para onde vamos, está a 30 quilômetros de distância.

Não vemos o céu. Pela janela observo centenas de casas construídas sobre areia. Imagine uma casa de praia, feita em cima da própria praia. É isso. O problema é que estamos cerca de 20 quilômetros do pacífico e a areia cobre tudo. Nunca vi um cenário assim.

Uma coisa estranha que não compreendo: há pontos do deserto que são totalmente murados. Isso mesmo! Há muros de dois metros, feitos em concreto, guardando uma coisa que não tenho idéia do que seja. Lembram algum tipo de construção militar.

Hummmm...vou falar com Mulder e Scully sobre isso.

Quinze minutos depois... tudo mudou

Como previa, tudo mudou. Acabamos de chegar em Paracas. E o mundo (ou o planeta) já é outro. Céu azul, embora com o dia ainda nublado, e muito mais cores.

Nossos Nazcanautas já se aproximam do pier para o embarque em uma lancha que nos levará pelo santuário ecológico. Cameras na mão e muita vontade de conhecer um dos lugares mais exóticos do mundo.

Até Eneida, em cadeira de rodas, vem conosco. Ela não perderia isso por nada.

Pedimos, ainda no ônibus, para todos usarem protetores solares, verificarem as baterias e memórias das câmeras e levarem agasalhos, pois a lancha deve acelerar e a temperatura vai cair.

Alcione foi na frente, para confirmar as reservas e obter as autorizações. Em seguida, fomos todos para a área de embarque, recebemos nossos coletes salva-vidas e os Nazcanautas se posicionaram em locais especiais do barco.

No próximo post, publicarei aqui as fotos dessa aventura no santuário ecológico de Paracas.






Aldo Novak

Nazca Misteriosa
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