sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Quínua. Se você ainda não conhece, vai conhecer

Blog dos IncaNautas 2008

Diário de bordo: Quínua. Se você ainda não conhece, vai conhecer

Durante nossas incursões à Bolívia e ao Peru, sempre começamos a viagem com uma sopa ou um risoto de Quínua, um tipo de grão ainda pouco conhecido no Brasil.

Por aqui, já vi algumas pessoas escreverem o termo Quinoa, e não Quínua, mas creio que não faz diferença. Também já li sem acentuação (Quinua), entretanto conversando com Bolivianos e Peruanos a gente escuta o acento, sobre o “i”.

A primeira vez que conheci a Quínua foi em um prato delicioso no Titicaca. Era um risoto, só que a Quínua substituía o arroz. Aliás, ela parece um arroz menor, e pode substituir o nosso grão em quase tudo.

Nossa, sempre lembro daquele risoto maravilhoso!

Conhecendo um pouco melhor

Segundo a Wikipédia, a Quínua (Chenopodium Quínua Willd.; Amaranthaceae) é uma planta que surgiu na Bolívia e que produz um grão indispensável à alimentação e a vida do homem no altiplano.

Originaria das alturas dos Andes e conservada por quéchuas e aymaras, este cereal tem mais de 3.120 variedades, mas apenas 17 delas são cultivadas para uso pelos países que a plantam e para exportação.

Quando descemos os Andes em nossas viagens, indo da Bolívia para o Peru, podemos ver que a multicolorida Quínua pinta com as cores do arco-íris as áreas de cultivo nas encostas montanhosas e sua colheita tem convertido a Bolívia no primeiro produtor mundial do grão.

Na verdade o país tem o maior banco de grãos do mundo, chamado de “o tesouro dourado de quéchuas e aymaras”.

Um dos principais impulsores da revalorização do consumo da Quínua, Humberto Gandarillas - foto- (1920-1998), calculava que o uso da Quínua nos Andes tenha uns 10 mil anos.

Seu consumo habitual foi comprovado pelos arqueólogos, ao encontrar Quínua nas ruínas pré-hispânicas.

Entretanto, a conquista espanhola trouxe muitos prejuízos aos alimentos originários dos Andes, como a Quínua e o amaranto. Os espanhóis provocaram seu paulatino desuso e tentaram suplantar aqueles grãos por outros, introduzidos da Europa, como o trigo e a cevada.

Mas os agricultores andinos conservaram as sementes e continuaram seus cultivos em poucos locais, sabedores da enorme riqueza que encerra a Quínua.

Assim foi até quase final do século XX, quando ela foi “redescoberta” pelos cientistas.

Agora, até a NASA passou a incluir Quínua na alimentação dos astronautas e a Bolívia nem dá conta de exportar toda a Quínua que produz.




MAIS SOBRE A QUÍNUA

As proteínas de que o corpo precisa são compostas de 20 aminoácidos diferentes. Você pode fazer alguns deles a partir de outros aminoácidos, mas existem aminoácidos que não podem ser fabricados pelo corpo e que devem fazer parte da sua dieta. Estes são chamados aminoácidos essenciais.

A Quínua Real, vendida no Brasil, com 23% de proteínas, possui um balanço de aminoácidos excepcionalmente atrativo para a nutrição humana devido aos seus altos níveis de lisina e metionina. Conta com 20 aminoácidos, dos quais os 10 essenciais (Histidina Isoleucina,, Leucina, Lisina, Metionina, Fenilalanina, Treonina, Triptofano,Valina e Arginina).

Para informações científicas sobre a Quínua (em inglês), use o link abaixo;
http://www.hort.purdue.edu/newcrop/proceedings1993/v2-222.html

Para comprar Quínua no Brasil, procure a Quínua Real. Eu uso e acho deliciosa.
http://www.quinuareal.com.br

Alguns artigos interessantes sobre a Quínua:

Revista Boa Forma
http://boaforma.abril.com.br/edicoes/221/fechado/Dieta/conteudo_257.shtml

Vida Vegetariana
http://www.vidavegetariana.com/culinaria/ingredientes/quinua.htm

Culinária Terra
http://culinaria.terra.com.br/abcint/0,,OI530329-EI149-CTQ,00.html

Receitas Feita em Casa
http://fuleiragem.typepad.com/feito_em_casa/2006/08/receitas_da_qui.html

Quínua Real
http://www.quinuareal.com.br/diferenca.asp

O cereal do momento
www.nutrociencia.com.br/upload_files/arquivos/quinua.doc





Aldo Novak


Jornada Sagrada Inca
blog oficial http://jornadainca.blogspot.com/

Viajando para fora. Olhado para dentro.
Mudando por inteiro em uma jornada inesquecível


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