domingo, 3 de outubro de 2010

15 minutos de chuva por ano em Nazca

Nazca, para onde vamos neste carnaval, é um dos desertos em que menos chove em todo o mundo.

Na verdade a chuva cai, em média 15 minutos por ano – cerca de 1 centímetro cúbico em 12 meses – o que torna as linhas praticamente indestrutíveis pelos milhares de anos em que existem.

Ainda assim, com todas as burradas que estamos fazendo, do ponto de vista ecológico, se o clima do planeta mudar muito, Nazca se perderá para sempre.

No inicio de janeiro de 2009, por exemplo, uma raríssima chuva afetou uma das figuras das enigmáticas Linhas, esta com mais de 2 mil anos de idade e uma das principais atrações turísticas do país.

O arqueólogo Mario Olaechea deu a triste notícia explicando que o acúmulo de água em pleno deserto removeu o solo argiloso e provocou uma alteração de cor na figura "Las Manos" (foto abaixo).



A "mão" afetada foi a direita. Mas quem vai conosco, pode ficar tranqüilo: o dano reverteu, assim que os novos depósitos de argila secaram.

É a primeira vez que as Linhas de Nazca são danificadas por uma tempestade, fenômeno bastante incomum na área.

As linhas são um conjunto de imagens - desenhos na areia - de grandes dimensões, visíveis apenas do ar, e que se estendem pela planície de Nazca, uma área de deserto 400 km ao Sudeste de Lima.

Os desenhos de Nazca foram declarados Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 1994.


Aldo Novak

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